quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Cosméticos Naturais

"Além das constantes pesquisas em busca de fontes naturais renováveis e com produção sustentável, o desenvolvimento de cosméticos naturais também promove um repensar de princípios e condutas a ser adotadas pelas indústrias."


“Não é apenas pela ingestão de alimentos com resíduos de agrotóxicos e por respirar ar poluído que corremos riscos, pois, ao aplicar um cosmético nos cabelos ou na pele, nosso organismo também absorve facilmente todos os seus componentes químicos e, por isso, é importante uma linha de cosméticos naturais, livre de óleos minerais, parabenos, ftalatos, entre outras substâncias reconhecidamente agressivas” (Erica Barroso, química responsável pelo laboratório Surya Brasil)

Outra substância potencialmente agressiva, é o surfactante lauril sulfato de sódio. De largo emprego na fabricação de xampus, é utilizado como agente de limpeza, formador de espuma, e também considerado altamente irritante para a pele e para o bulbo capilar.
No lugar de empregar lauril sulfato de sódio em formulações como de xampus, condicionadores e sabonetes em gel, opta-se por utilizar cocoil glutamato dissódico e cocoamidopropil betaína, ingredientes mais suaves e não-irritantes.

Conservantes clorados e formadores de formaldeído como imidazolidinil ureia e DMDM hidantoína também encontraram nos desenvolvimentos cosméticos, substitutos como ácido desidroacético e álcool benzílico e, no lugar de dietanolamida de ácidos graxos de coco, utilizada em produções convencionais, apesar de poder conter componentes cancerígenos, muitas as fórmulas cosméticas naturais, contêm tensoativos naturais orgânicos como cocoato de sacarose.

 Para fabricar loções, condicionadores e máscaras, os emulsionantes são constituídos de álcool cetearílico de oliva e oleato sorbitano, enquanto outras indústrias utilizam componentes etoxilados como álcool cetoestearílico etoxilado e PEG em suas produções cosméticas.

A viabilidade de desenvolver cosméticos naturais também é factível na área de emolientes. No lugar de utilizar emolientes sintéticos para promover o espalhamento dos cosméticos, a empresa faz uso de óleos e manteigas vegetais orgânicos, que, além da emoliência, agem como antioxidantes, como nos casos dos óleos de buriti e açaí, e como hidratantes, envolvendo nesses casos os óleos de babaçu, cacau e cupuaçu.

Além de valorizar o emprego de óleos naturais nas fórmulas, também faz-se uso em loções e cremes para tratamento corporal de extratos de aloe vera e de acerola, ambos orgânicos, e com alto poder hidratante, revitalizante e antioxidante.


“A natureza tem muito a oferecer ao campo cosmético e trabalhando em harmonia com o meio ambiente é possível usufruir de sua riqueza e criar ingredientes para compor formulações estáveis, seguindo o conceito de hipoalergenicidade e com possibilidades ilimitadas de benefícios para o bem-estar, a saúde e a beleza”

http://www.quimica.com.br/index.php

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A vovó tinha razão...


Seus poderes são conhecidos desde a Idade Média - a arnica (Arnica montana) é originária das regiões montanhosas do norte da Europa e desde tempos remotos é usada na cicatrização de ferimentos graças às suas propriedades regeneradoras de tecidos. Em aplicações mais específicas, é também indicada para combater febres, hemorragias, desinterias, infecções renais, inflamações oculares, problemas circulatórios e cardíacos.

Os mais idosos certamente conhecem os poderes da arnica: há uns bons anos, não havia "farmácia caseira" que não tivesse pelo menos um vidrinho de tintura ou pomada de arnica para socorrer depois de uma pancada ou contusão.

A receita dos vovôs agora tem comprovação científica: pesquisa realizada na Universidade Federal do Paraná comprovou a eficiência da arnica para tratar machucados, especialmente aqueles com marcas roxas.

A responsável por essa eficiência é a presença de uma substância chamada 'quercitina', capaz de aumentar a resistência dos vasos e a irrigação sangüínea nos locais machucados, diminuindo o coágulo e eliminando a mancha roxa. Outra substância - a inolina - funciona como um analgésico, aliviando a dor da pancada.

Popularmente, a arnica recebeu diversos nomes: quina-dos-pobres, tabaco-dos-alpes, tabaco-da-montanha, erva-dos-pregadores, etc. Há controvérsias sobre origem do nome "Arnica", embora muitas referências indiquem que seja uma deformação da palavra grega 'ptarmica', que significa "que faz espirrar".






O nome "quina-dos-pobres" teria surgido no século XIX, em razão das suas propriedades antitérmicas. Planta da família das Compostas, a arnica é um arbusto perene, que produz floradas abundantes de cor amarelo-ouro ou alaranjado. As pétalas ovaladas e pontudas exalam um suave perfume. Os frutos são pardos. As flores e as raízes são as únicas partes da planta que podem ser aproveitadas para fins medicinais e cosméticos.

Por ser uma planta originária dos solos ácidos das montanhas européias, o cultivo da Arnica montana no Brasil é de adaptação muito difícil. Por aqui, existem muitas plantas chamadas popularmente de arnica, mas na verdade são espécies diferentes e não têm a mesma aplicação terapêutica.

A milagrosa florzinha, no entanto, deve ser utilizada com cautela.

Recomenda-se utilizá-la para uso interno apenas sob supervisão médica.
Nunca se deve fazer chá com as folhas da arnica, pois elas apresentam componentes altamente tóxicos. As farmácias homeopáticas preparam medicamentos seguros a partir das raízes da arnica, que são largamente utilizados.

Já para o uso externo, as precauções podem ser reduzidas. Existem no mercado vários medicamentos indicados para uso externo preparados à base de arnica que podem ser usados para tratar machucados, contusões musculares, artrite, dores reumáticas e até para auxiliar no tratamento das varizes.

Na cosmética, a arnica é empregada para combater a oleosidade e queda excessiva dos cabelos, rachaduras e hematomas na pele e tratar irritações da pele dos bebês (na forma de talco). Para aplicações externas, você pode preparar a tintura e o óleo medicinal em casa.

É só adquirir as flores secas em farmácias ou lojas especializadas. Mas atenção: cuidado com as falsificações, peça a arnica pelo nome científico - Arnica montana - e não aceite substituições.

Constituintes químicos

Ácido cinâmico, ácido fórmico, ácido fumárico, ácido isobutírico, ácido isovalérico, ácido tânico, alcalóide, arnicina, arnifolinas, astragadol, cadineno, carotenóides, ceras, chammisonólidos, colina, cumarinas, escopoletina, esteróis, faradiol, flavonóides (isoquercetina, luteolina, astragalina), fitosterina, glicosídeos, helenalinas, heterósido flavônico, humuleno, inulina, mirceno, óleo essencial (0,23 a 0,35%), óxido cariofilênico, resinas, taninos, timol, triterpenos (arnidol, pradiol e arnisterina), umbelliferona, xantofila.

Propriedades medicinais

Analgésica, anticongestiva, antiinflamatória, antimicrobiana, anti-seborréica, anti-séptica, cardiotônica, estimulante, estimulante do crescimento capilar, hipotensora, tônica, vulnerária.








UTILIZAÇÃO - USO


- Em caso de hematomas, pancadas, contusões, artrite, etc.

INGREDIENTES
- 10 gramas de flores secas de arnica;
- 100 ml de álcool à temperatura de 70°;
* É possível encontrar as flores secas de arnica em farmácias, lojas especializadas, herbolários, ou você também pode colhê-las e secá-las, mas atenção, a planta está se tornando rara, portanto procure comprá-la em farmácias, para limitar o seu desaparecimento. Você também pode comprar a tintura já pronta de arnica.

PREPARAÇÃO
- Macere as flores de arnica em 100ml de álcool à 70° por 5 dias, assim você irá obter uma tintura de arnica
- Antes da aplicação, é preferível diluir a tintura de arnica preparada acima, em 5 volumes de água (1 parte de tintura e 4 partes de água). Aplique essa mistura em forma de compressa no local desejado
POSOLOGIA
- Aplique a tintura preparada acima, de arnica e água em forma de compressas, diretamente no local desejado (hematoma,...) 3 a 4 vezes ao dias (mudando de compressa a cada vez).


A vovó tinha razão: óleo ou tintura de arnica não podem faltar em casa. Depois de uma pancada, a erva funciona como um santo remédio. Eu ainda lembro bem, de quando passava as férias na casa de minha avó... à noite as pernas doiam tanto, de tanto correr ao longo do dia. E então, lá vinha ela com o tal 'preparado a base de ervas'...ela delicadamente colocava as compressas de tintura de arnica nas minhas pernas e resolvia mesmo....ficaba pronta para o dia seguinte, cheio de aventura e emoções, como é a vida no interior da cidade, ADORO.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

BETACAROTENO

Chegando o verão, a meta de muitos é conquistar um belo bronzeado. E uma boa aposta é investir em alimentos ricos em betacaroteno, substância que ajuda a deixar a pele dourada e a protegê-la contra raios UVA e UVB.


Figura 1) Estrutura molecular do betacaroteno



Informação básica:

O beta-caroteno é um dos mais de 600 caratenóides existentes na natureza conhecidos. Os caratenóides são os pigmentos que vão do amarelo ao vermelho e que estão distribuídos generalizadamente entre as plantas. Cerca de 50% destes podem potencialmente fornecer actividade de vitamina A, sendo assim referidos como caratenóides de provitamina A. O beta-caroteno é a mais abundante e a mais eficaz provitamina A nos nossos alimentos.
Em teoria, uma molécula de beta-caroteno pode ser clivada em duas moléculas de vitamina A. No entanto, no interior do corpo, o beta-caroteno é apenas convertido parcialmente em vitamina A sendo o resto é armazenado. Para além disso, a proporção do beta-caroteno convertido para vitamina A no corpo é controlado pelo estado de vitamina A e como tal não pode causar a toxicidade da vitamina A nos humanos. Provas disponíveis actualmente sugerem, que para além de ser uma fonte segura de vitamina A, o beta-caroteno desempenha vários papéis biológicos importantes que podem ser independentes do seu estado como provitamina.

Principais fontes na natureza

As melhores fontes de beta-caroteno são os vegetais e frutas de forte tom amarelo/laranja e os vegetais de folhas verde escuras:
  • Vegetais amarelos/laranja – cenouras, batatas-doces, abóboras.
  • Frutas amarelo/laranja – alperces, meloas, papaias, mangas, carambolas, nectarinas, pêssegos
  • Vegetais de folhas verde escuras – espinafres, brócolis, endívias, couve, chicória, escarole, agriões e as partes verdes de linho, nabos, mostarda, dente de leão.
  • Outras boas fontes vegetais e frutas – abóbora menina, aspargos, ervilhas, ginjas, ameixas.
O conteúdo em beta-caroteno de frutas e vegetais pode variar dependendo das estação e do grau de amadurecimento. A biodisponibilidade do beta-caroteno a partir das frutas e vegetais, depende do método de preparação antes da ingestão. Assim, quaisquer indicações relativas ao conteúdo em beta-caroteno dos alimentos são, deste modo, apenas valores aproximados.
Na pequena lista seguinte, o conteúdo em beta-caroteno é dado por 100g de substância ingerível.
Vegetais: cenouras (6,6mg), agriões (5,6mg), espinafres (4,9mg), brócolos (1,5mg), Frutas: mangas (2,9mg), melões (2,0mg), alperces (1,6mg), pêssegos (0,5mg).

Estabilidade

Os caratenóides podem perder alguma da sua atividade nos alimentos durante o armazenamento, devido à ação das enzimas e à exposição à luz e oxigênio. A desidratação de vegetais e frutas pode reduzir grandemente a actividade biológica dos caratenóides. Por outro lado, a estabilidade dos caratenóides é mantida nos alimentos congelados.

Funções

1. Antioxidante
O beta-caroteno tem propriedades anti-oxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, moléculas reativas e altamente energizadas, as quais se formam através de certas reações bioquímicas normais (p.ex. na resposta imunitária, a síntese da prostaglandina) ou através de fontes exteriores, tais como a poluição atmosférica ou o fumo do cigarro. Os radicais livres podem danificar os lípidos nas membranas celulares, bem como o material genético nas células, podendo os danos resultantes levar ao desenvolvimento do cancro.
2. Extinção do oxigênio singleto
O beta-caroteno pode extinguir o oxigênio singleto, uma molécula reativa, que é gerada, por exemplo, na pele por exposição à luz ultravioleta e que pode induzir alterações pré-cancerígenas nas células. O oxigênio singleto tem a capacidade de despoletar a geração de reações em cadeia de radicais livres.

Os benefícios de saúde do beta-caroteno

Muito cientistas acreditam que o consumo de frutos e vegetais ricos em beta-caroteno exerce um efeito protetor contra o desenvolvimento de certos cancros. Uma elevada ingestão/estado deste nutriente tem sido associada com um decréscimo na incidência de certos cancros, especialmente o cancro do pulmão. Descobertas preliminares de um teste de intervenção double-blind e controlado por placebo e de um estudo de grupo de prospecção de casos controlados sugere que o beta-caroteno pode reduzir o risco de doenças coronárias.

Dose Diária Recomendada

A ingestão dietária para o beta-caroteno tem sido expressa até agora como parte da Dose Diária Recomendada (DDR) para a vitamina A. A DDR para o sexo masculino (+ 11 anos) é de 1.000 RE ou 1.000 mg de retinol ou 6 mg de beta-caroteno, enquanto a DDR para o sexo feminino (+ 11 anos) é ligeiramente inferior, 800 RE ou 800 mg de retinol ou 4,8 mg de beta-caroteno. Existem necessidades adicionais durante a gravidez e a aleitamento, 200 RE e 400 RE, respectivamente. Os bebés até aos três anos necessitam de aproximadamente 400 RE e as crianças (4-10 anos) necessitam de 500-700 RE. Aproximadamente um terço da vitamina A na dieta média americana é fornecida pelo beta-caroteno. Se a recomendação dietária do Instituto Nacional do Cancro fosse seguida, a relação entre beta-caroteno/vitamina A na dieta seria de 9/1. Para além das suas funções como provitamina A, continuam a surgir dados que suportam o papel do beta-caroteno como um micro-nutriente importante de direito próprio. Não existe, no entanto, ainda uma DDR para o beta-caroteno. De qualquer modo o consumo de alimentos ricos em beta-caroteno continua a ser recomendado por cientistas e organizações governamentais, tais como o Instituto Nacional do Cancro e o Departamento Nacional Americano para a Agricultura.
Se estas recomendações fossem seguidas, a ingestão dietária de beta-caroteno (cerca de 6 mg) seria várias vezes o valor da quantidade média consumida nos Estados Unidos (cerca de 1,5mg por dia).

Grupos de risco de baixo estado

Embora a população americana, em média, não consuma beta-caroteno suficiente, certos grupos de pessoas estão especialmente em risco no que se refere à inadequação da sua dieta de beta-caroteno. Por exemplo, foram relatados baixos níveis de beta-caroteno no sangue em fumadores, alcoólicos e utilizadores de certos medicamentos (contraceptivos orais, medicamentos contra a hipertensão).

Utilização profilática

Sistema Imunitário

Foi descoberto em vários estudos com seres humanos e com animais, que a suplementação com beta-caroteno realça certas respostas imunitárias.

Cancro

Estudos epidemiológicos mostraram que à medida que o consumo de frutas e vegetais ricos em beta-caroteno aumenta, decresce a incidência de certos cancros (i.e. pulmões, estômago). Para além disso, experiências em animais mostraram que o beta-caroteno atua como um agente preventivo contra o cancro. Atualmente muitos estudos de intervenção clínica estão a decorrer para testar a eficácia do beta-caroteno na prevenção do cancro.

Utilização Terapêutica

Problemas de fotossensibilidade

Têm sido efetuados vários estudos em pacientes com reações de pele anormais à luz do sol, denominadas problemas de fotossensibilidade (i.e. protoporfíria eritropoiética). O beta-caroteno tem mostrado exercer um efeito fotoprotetor nestes indivíduos.

Segurança

Devido à conversão regulada do beta-caroteno em vitamina A, o sobreconsumo não provoca a hiperavitaminose A. Consumos excessivos de caratenóides em certos tipos de doentes (hiperlipedemia, diabetes mellitus, síndroma nefrótico ou hipertiroidismo) podem causar hipercaratenoidemia a qual se manifesta por uma coloração amarelada na pele, principalmente nas palmas das mãos e solas dos pés. A cor amarelada desaparece quando o consumo de caratenóides é reduzido ou interrompido.
Foram conduzido estudos em seres humanos de forma a avaliar a segurança do beta-caroteno. Estudos realizados em pacientes com sensibilidade à luz, tais como a protoporfíria eritropoiética, não mostraram efeitos adversos com a ingestão de 50-200mg/dia de beta-caroteno durante vários anos.

Suplementos

O beta-caroteno está disponível em cápsulas duras e em cápsulas de gelatina mole, bem como em comprimidos de multivitamínicos.

 

 
 


Figura 2) Informações Nutricionais do BETABRONZE, cápsulas aceleradoras do bronzeado.
 
 
 


1) O betacaroteno é um dos carotenóides, uma provitamina, ou seja, substância que se tornará uma vitamina depois de passar por reações químicas no organismo. O caroteno é provitamina da vitamina A.
2) O betacaroteno atua como refletor parcial dos raios UVA e UVB e está presente em frutas e legumes de coloração amarela/laranja e folha verde-escura. É um excelente antioxidante, favorecendo o combate aos radicais livres e também à radiação solar. A oxidação do betacaroteno promove um aspecto de bronzeado dourado e contribui para sua duração.
3) A lista dos principais alimentos fonte de betacaroteno conta com cenoura, batata-doce, caqui, abóbora, mamão, manga, carambola, pêssego, nectarina, chicória, agrião, couve, endívia, espinafre, bertalha.
4) A provitamina deve começar a ser ingerida, no mínino, 20 dias antes da exposição ao sol para conseguir alcançar a epiderme da pele, o que efetiva a sua função de maior permanência do bronzeado produzido pela melanina (responsável pela pigmentação da pele) e proteção contra os raios UVA e UVB.
5) A quantidade de consumo recomendada para um adulto, em média, é de 800ng RE/dia, o que representa três colheres de sopa de cenoura ou abóbora batida no suco de laranja do café-da-manhã, uma colher de sopa de bertalha cozida ou duas colheres de sopa de batata-doce no almoço, um caqui médio ou uma manga-espada média.
6) O excesso de betacaroteno pode levar à tonalidade amarelada na pele, principalmente na palma das mãos e na planta dos pés. Mas basta a redução do consumo para o efeito desaparecer.


*Para quem quer garantir um belo bronzeado nesse verão... Vale a pena!

sábado, 12 de novembro de 2011

" A Química do cigarro"


Introdução
O consumo de tabaco mata mais do que todas as mortes/ano causadas por HIV, drogas ilegais, consumo de álcool, acidentes de viação, suicídios e homicídios, sendo por isso considerado pela Organização Mundial de Saúde – OMS  a primeira causa de morte evitável no mundo.
A OMS alerta para o fato de que os produtos do tabaco são os únicos produtos que matam cerca de metade dos consumidores quando usados como mandam os fabricantes. 
No Brasil, por exigência legal, Resolução da ANVISA nº 46, de 23 de março de 2001, artigo 1º, determinou-se a obrigatoriedade do estabelecimento de teores máximos permitidos de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono. Além dessas 3 substâncias conhecidas, existem outras 4.720 que são tóxicas ao organismo.
Nessa mesma resolução ficou proibido de ser usado nos maços de cigarros, definições de classes, ou termos como: ultra baixo(s) teor(es), baixo(s) teor(es), suave, light, soft, leve, teor(es) moderado(s), alto(s) teor(es), e outras que possam induzir o consumidor a uma interpretação equivocada quanto aos teores contidos nos cigarros. Essa medida visou proteger os fumantes, pois induziam à falsa impressão de serem menos prejudiciais à saúde.



 

1- Filtro
Atualmente, quase todos os cigarros possuem filtros, supostamente para minimizar a absorção das substâncias tóxicas do cigarro. O fumante tem a falsa sensação de que está protegendo a sua saúde, ao receber dose mais baixa e segura de nicotina e alcatrão.
Os filtros são formados por furos responsáveis pelo sistema de ventilação. O fumante faz um mecanismo de compensação, ou seja, ao aspirar a fumaça durante a tragada, comprime os furos do filtro com os lábios ou dedos, absorvendo as elevadas quantidades de nicotina e alcatrão que o seu corpo necessita.
No filtro encontramos o Butano que serve como combustível para o isqueiro e como gás de cozinha. Ao ser inalado causa falta de ar, problemas na visão e coriza. Esse gás pode causar a morte e é altamente inflamável.
Outra substância encontrada no filtro é o Polônio 210, um componente do lixo nuclear, além da amônia.

2- Papel
O papel é o invólucro do tabaco. Em sua composição existe o óxido de titânio, responsável pela quantidade e densidade de produção de fumaça e também pelo tempo que o cigarro permanece queimando. 
O papel contém os chamados “Burn Rings”, que controlam o tempo de queima do cigarro. Durante as tragadas a queimada é mais rápida para liberar uma maior quantidade de nicotina, nos intervalos entre elas a queima é mais lenta para aumentar a vida do cigarro.
O óxido de titânio pode ocasionar tosse, espirros, vermelhidão e inchaço na pele e nos olhos.
Outra substância encontrada no papel do cigarro é o Mentol. Esse tem a propriedade de diminuir o reflexo da tosse e disfarçar a sensação de secura na garganta, geralmente sentida pelos fumantes. Encontramos também um inseticida chamado Metopreno, além do solvente químico Benzeno.


Substâncias tóxicas do cigarro

1- Nicotina
O cigarro é uma grande engenharia de veiculação, disponibilização e entrega do alcalóide de nicotina. Essa é a grande responsável pela sensação quase que imediata de prazer, facilitando a instalação da dependência. Quanto mais rápida uma substância psicoativa chega ao cérebro, maior é o seu potencial de criar a dependência. A nicotina consegue em apenas 10 segundos fazer todo o percurso de ser inalada, absorvida pelo pulmão, passar para a corrente sanguínea e desencadear um impacto cerebral, liberando a dopamina, uma substância que propicia uma imensa sensação de prazer. Essa rapidez de impacto cerebral só é comparada com a cocaína.
A maioria dos cigarros contém até 10 miligramas de nicotina, porém em cada tragada o fumante absorve de 1 a 2 miligramas. A quantidade absorvida depende da característica individual da tragada que pode ser suave ou forte, com maior ou menor força de compressão dos lábios sobre o filtro. Assim cada fumante desenvolve sua forma peculiar de tragar, satisfazendo-se com a sua dose necessária de nicotina. 
A vida média da nicotina no sangue é inferior a 2 horas, quando esse tempo se esgota, a concentração de nicotina no sangue reduz, surgindo os sintomas desagradáveis de abstinência, desencadeando no fumante o desejo de um novo cigarro.
Em 1997 a nicotina foi considerada pela Organização Mundial de Saúde uma droga psicoativa, responsável por causar dependência física.
Para reduzir o potencial de instalação da dependência, os cigarros teriam que ter uma diminuição em torno de 95% no seu teor de nicotina.
A nicotina é responsável pelo aumento do ritmo cardíaco, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, angina, elevação da fração ruim do colesterol(LDL), menopausa precoce, gastrite, úlcera gástrica, enfisema pulmonar, bronquite crônica entre outras doenças. 



Gases tóxicos
1- Monóxido de carbono (CO)
Mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis. Considerado tóxico, tem 250 vezes mais afinidade com a hemoglobina (componente do sangue) quando comparado ao oxigênio, ou seja, o CO ao entrar na hemoglobina forma a carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação dos tecidos do corpo. 
Em conseqüência há a redução do desempenho do organismo para atividade física, dificulta as trocas de nutrientes e a cicatrização. 
O fumante de 20 cigarros/dia pode ter níveis de monóxido de carbono de 5 a 10 vezes mais elevados, quando comparado com os não fumantes.

2- Amônia
A indústria tabaqueira ao observar que grande quantidade de nicotina dos cigarros não era liberada durante a queima do cigarro, desenvolveu a “tecnologia da amônia”, um produto químico geralmente utilizado na limpeza doméstica. Essa substância é corrosiva para o nariz e olhos. Quando adicionada ao tabaco, ajuda tanto na vaporização mais rápida da nicotina durante a queima do cigarro, quanto no seu depósito pulmonar. Todo esse mecanismo tem como objetivo acelerar a chegada da nicotina ao cérebro, ocasionado uma sensação quase que imediata de prazer. 
Sendo depositada no pulmão, agrava o enfisema e a bronquite crônica do fumante.

3- Tolueno
Gás tóxico encontrado no escapamento de carros. Utilizado na fabricação de borrachas, óleos, resinas, tintas, colas, detergentes e explosivos.
Ao ser inalado, deposita-se na gordura do corpo e lá permanece durante anos.  
Ocasiona a depressão do sistema nervoso central. A longo prazo, mesmo em baixos níveis de exposição, leva a dores de cabeça, perda do apetite, alterações nos ciclos menstruais.

4- Cianeto
Forma-se com a queima do cigarro. É reconhecidamente carcinogênico.
Utilizado nas indústrias para a manufatura de fibras, plásticos, tintas, pesticidas, usado como gás para matar ratos. 
Na Segunda Grande Guerra foi utilizado em grandes quantidades, levando a morte dos prisioneiros nos campos de concentração. Inalado em pequenas quantidades pode levar a tonturas, dores de cabeça, náuseas e vômitos.

5- Butano
Gás tóxico, inflamável, podendo ser mortal, Utilizado no isqueiro e também como gás de cozinha. Sua inalação ocasiona: dificuldade respiratória, alterações visuais e coriza.

6- Cetonas
Produto entorpecente e inflamável, sendo mais conhecido entre as mulheres como removedor de esmaltes, presente na fumaça do cigarro. A inalação em pequenas quantidades irrita a garganta, ocasiona tonturas e dores de cabeça, em grandes quantidades pode levar à morte.

7- Terebentina
Substância tóxica obtida através da extração de resinas de pinheiros. É um diluente de tintas a óleo, usado também para a limpeza de pincéis.
Ao ser inalado provoca irritação nos olhos, vertigem, desmaios e lesões no sistema nervoso.

8- Xileno
Produto inflamável e cancerígeno encontrado em tintas de caneta. Ao ser inalado ocasiona irritação dos olhos, tontura, dor de cabeça e até a perda de consciência. Se ingerido, provoca pneumonia. As indústrias de canetas estão retirando o xileno da composição de seus produtos, devido aos riscos que oferece à saúde.

9- Ácido levulínico
Adicionando esse ácido no cigarro as indústrias de tabaco descobrem que a dureza da nicotina é disfarçada, bem como o teor de alcatrão nas frações de nicotina é reduzido, ajudando-as a manterem-se dentro das exigências legais. 
O ácido levulínico torna o sistema respiratório superior menos sensível ao fumo, favorecendo as tragadas mais profundas.

Metais tóxicos
1- Arsênico
Metal empregado na fabricação de venenos contra insetos. Muitos fumicultores utilizam pesticidas à base de arsênico, para se verem livres das pragas em suas lavouras de fumo. 
Ocasiona lesões ao ser armazenado no fígado, rins, coração, pulmões, ossos e dentes.

2- Cádmio
Metal pesado, tóxico e cancerígeno que provoca lesões no fígado, rins, pulmões e cérebro. Além de câncer pulmonar, próstata, rins e estômago.
Pode permanecer no corpo por até 30 anos.

3- Acetato de chumbo
Substância que está presente na fórmula das tinturas para cabelo, com potencial cumulativo no corpo humano, podendo ocasionar o aparecimento de câncer de pulmão e rim. Deposita-se nos pulmões, levando a perda da capacidade de ventilação desse órgão, gerando falta de ar, enfisema e câncer de pulmão. Quando inalado ou ingerido altera o crescimento de crianças e adolescentes. Provoca anorexia e dor de cabeça. Pode permanecer no corpo entre 10 a 30 anos.

4- Fósforo P4 P6
Substância encontrada em fertilizantes e produtos de limpeza bem como em produtos raticidas. É venenoso, podendo ser mortal para o homem, de acordo com a dose ingerida. 

Substâncias cancerígenas presentes no cigarro
1- Alcatrão
É um termo usado para definir um conjunto de partículas sólidas orgânicas e inorgânicas, que são absorvidas pelo fumante quando o cigarro é aceso. Entre seus compostos encontram-se 43 substâncias cancerígenas, como por exemplo:  Arsênico, Polônio 210, Carbono 14, DDT, Níquel, Chumbo, Benzopireno, Cádmio, Dibenzoacridina.
Grande parte das substâncias tóxicas do cigarro está sob a forma gasosa, não sendo incluída como componente do alcatrão, dando a falsa impressão de que não agride o organismo.
Cigarros com menor teor de alcatrão não são mais seguros para a saúde, pois contêm vários produtos tóxicos e cancerígenos.
O alcatrão no corpo do fumante ocasiona manchas nos dentes, dedos, deposita-se nos pulmões gerando uma coloração castanha escura.
 
2- Polônio
É um raro elemento radioativo, sendo o Polônio 210 a sua forma mais comum.
O polônio produz um tipo de radiação extremamente prejudicial chamada de alfa-radiação, que geralmente são bloqueadas pelas camadas da pele. Na fumaça do cigarro foram identificados vestígios de polônio, esses são depositados nas vias aéreas emitindo radiação para as células a sua volta. Estima-se que um fumante de 30 cigarros/dia está exposto à radiação equivalente a 300 RX de tórax em 1 ano.

3- Níquel
Usado na produção de aço inoxidável, ligas, moedas, galvanoplastia e pilhas alcalinas.
Armazena-se no fígado, rins, coração, pulmões, ossos e dentes. Sua inalação desencadeia alterações no estômago e intestinos, aumenta as chances de infecções respiratórias e câncer.

4- Benzeno
É produzido durante a queima do cigarro. Utilizado como pesticida, na composição do detergente e da gasolina.
Também considerado cancerígeno. Ao ser inalado é absorvido pelos pulmões onde provoca danos irreversíveis a longo prazo, como o enfisema e a asma em crianças filhas de pais fumantes. Transportado por todo o corpo em especial para o fígado. A exposição ao benzeno pode provocar leucemia entre 2 a 50 anos. 

5- N- Nitrosaminas
Responsáveis pelas alterações do DNA, portanto consideradas cancerígenas ambientais, ou seja, o não fumante exposto a fumaça do cigarro em ambientes fechados, ao inalar essas substâncias tem mais chances de desenvolver câncer.  
Quando o fumo é associado com o álcool seu efeito carcinogênico amplia-se.
 
6- Formaldeído
Utilizado na conservação de cadáveres e na fabricação de produtos químicos para matar bactérias, fertilizantes, corantes e desinfetantes.
A fumaça do cigarro em ambientes fechados possui concentrações de formaldeído que podem chegar a níveis 3 vezes maiores, quando comparadas com o ar livre.
Provoca doença respiratória, reações alérgicas como asma, coceira nos olhos, além de tonturas, diminuição da coordenação motora, dores de garganta e alteração do sono. Suspeito de ser cancerígeno para os seres humanos.

7- Acroleína
Gás com um forte cheiro nauseante, sendo o de maior concentração no cigarro.
O cigarro contém 1.000 vezes mais acroleína quando comparado com outros produtos químicos que fazem alteração do DNA, sendo possivelmente o maior responsável pelo câncer de pulmão, bem como o formaldeído e acetaldeído que estão classificados no mesmo grupo.
Essas alterações são bem parecidas com as causadas pelo arsênico e cádmio.
Responsável pela destruição dos cílios pulmonares, fundamentais para a defesa das toxinas inaladas.

Outras substâncias
1- Acetaldeído
É utilizado no combustível, cola, tintas, plásticos, borrachas sintéticas, couro, espelhos. 
A indústria do tabaco desenvolveu estudos sobre a ação do acetaldeído conjuntamente com a nicotina em ratos de laboratório. Observou que ação das duas substâncias favorece o potencial de dependência da nicotina. 
Em humanos, pequena quantidade de acetaldeído leva à irritação da pele, dos olhos e do sistema respiratório.

2- Naftalina
Usado como veneno para matar barata. O contato com essa substância provoca tosse, irritação na garganta, náuseas, distúrbios gastrointestinais, renais e oculares, além de anemia.




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fitomedicamento - Centella asiatica: vasodilatador, anti-celulítico e normalizador da circulação.


O extrato de Centella asiática é uma das formas mais eficazes de se tratar a celulite e a gordura localizada, além de normalizar a produção de colágeno.



Com a chegada do verão e suas temperaturas elevadas, vestir roupas mais leves e curtas torna-se inevitável, deixando o corpo em maior evidência. Por isto, nesta estação do ano, a preocupação com a forma física lota academias de ginástica e clínicas de estética, esquecendo-se de que em todos os casos a beleza vem “de dentro para fora”.

A celulite é uma alteração do funcionamento das células conjuntivas subcutâneas que provoca acúmulo de líquidos e gordura, deixando a pele com o indesejável aspecto de “casca de laranja”.

O uso da Centella Asiática é uma das formas mais eficazes de se tratar a celulite.


Nome Botânico:
Centella asiatica L.

Sinonímia:
Cairassu, coayrassú, codagem, pata-de-cavalo, pé-de-cavalo, pata-de-burro,  pata-de-mula, cetelha asiática.

Família:
Umbelliferae

Parte utilizada:
Parte aérea.

Histórico e curiosidades:
A utilização da Centella se dá há mais de 3.000 anos pelos habitantes da Índia, África e das ilhas do Oceano Índico no tratamento de lesões cutâneas. A composição química da Centella foi descoberta em 1941, pelo bioquímico francês, Jules Lépine. Foi descoberta a presença de um alcaloíde que pode rejuvenescer o cerébro, os nervos e as glândulas endócrinas. Conhecida pelos chineses como fo-ti-tieng, é similar ao Ginseng e constitui um dos raros estimulantes sem efeitos cumulativos prejudiciais.

Ecologia:
 A Centella asiatica é uma espécie que cresce em lugares sombreados e úmidos, é encontrada no leste europeu e também em países da América do Sul, como Brasil e Venezuela.

Constituintes:
Alcalóides, saponinas, óleos essenciais, flavonóides, cânfora, cineol, açúcares, sais minerais, aminoácidos, ácidos graxos, resinas.
Fração triterpênica: Ácido asiático (30%), Ácido madecássico (30%),
Ásiaticosídeo (40%).

 Ações:
A centella atua normalizando a produção de colágeno, promovendo o restabelecimento da trama colágena, ajudando no tratamento de celulite. Reduz a fragilidade dos vasos capilares e estimula a circulação venosa. Pode também ser utilizada no tratmento de eczemas, úlceras varicosas, hematomas e rachaduras da pele.

Propriedades Farmacológicas:
Os constituintes da fração triterpênica da centella atuam normalizando a produção de colágeno ao nível dos fibroblastos, promovendo o reestabelecimento de uma trama normal e flexível e consequente “desencarceramento” das células adiposas, permitindo a liberação de gordura localizada graças a possibilidade de penetração das enzimas lipolíticas. Proporciona portanto, a normalização das trocas metabólicas entre a corrente sanguínea e as células do tecido adiposo. Esta função é ainda auxiliada pela melhora da circulação venosa de retorno, que combate os processos degenerativos do tecido venoso. Também controla a fixação da Prolina e Alanina, elementos fundamentais na formação do colágeno. Sua ação sobre os edemas de origem venosa orientam o tratamento das celulites localizadas. Favorece o processo de cicatrização e age sobre os fibroses de várias origens.
Apresenta certa ação antiinflamatória. O asiaticosídeo tem ação antibiótica e age como  cicatrizante de feridas na pele.

Precauções e contra indicações
Individuos hipersensíveis a planta.

Reações adversas
Não foram observados.

Utilização:
Pó: 0,25 a 1g/dia, após as refeições;
Extrato seco: 50 a 200 mg/dia;
Extrato fluído: 0,25 a 1,0 mL/dia;
Geís, cremes e loções suavizantes: extrato glicólico 2-5%;
Cremes reparadores e restauradores: extrato glicólico 3-6%;
Cremes após sol: extrato glicólico 1-5%;

Centella asiatica - Beleza da Pele

CREMES COM CENTELLA PARA MASSAGEM

A celulite costuma atingir mais as mulheres em razão do estrógeno, hormônio feminino. Ele promove uma retenção de líquidos justamente nas regiões mais críticas. Estes líquidos não conseguem ser totalmente eliminados graças à dificuldade de circulação. Assim ficam acumulados entre as células de gorduras logo abaixo da derme.
Qualquer coisa que facilite a passagem sanguínea e a retirada das toxinas também combate a celulite.
A massagem promove a drenagem das toxinas, além de dilatar os vasos, aumentando a circulação. Para a operação massagem, cremes contra a celulite ajudam. Além de facilitar o deslizamento, eles possuem substâncias que agem na gordura e nos vasos sanguíneos.
A Centella Asiatica possui propriedades anti-reumáticas, dermatológicas, vulnerarias e levemente diuréticas, além de ser um vasodilatador periférico. Tem ação de normalizar a circulação venosa de retorno. É rica em vitaminas A, B, E, K, além de magnésio. A Centela é um ingrediente de várias fórmulas anti-envelhecimento e de cremes para a pele.

USO TERAPÊUTICO

Na medicina tradicional chinesa, a Centella Asiática é considerada a erva da "fonte da juventude", ou seja, capaz de aumentar a longevidade. Estudos alegam que seu uso proporciona um efeito energizador.
A Centella asiática é amplamente usada na medicina Ayurvédica, onde é conhecida como brahmi.
O extrato de Centella asiática é uma das formas mais eficazes de se tratar à celulite e a gordura localizada. Normaliza a produção de colágeno, melhora a circulação sanguínea, evita câimbras e formigamento das pernas, favorece a eliminação das células gordurosas.

Também é indicada para tratamentos para

· varizes, varicose
· quadros reumáticos
· feridas indolentes
· úlceras leprosas
· cicatrização cirúrgica·

Apresentação:
Centella Extrato em cápsulas –  50 cápsulas
Centella Chá – – 20 gramas
Centella em creme  para massagem –  -  potes de 250 gramas
(com 65% de Aloe Vera, o creme associa Centella, Ginkgo Biloba e Cafeína)



OBS.: Desde que estou trabalhando com Manipulação de Fórmulas, a minha paixão pelos naturais tem aumentado...
Estou sempre pesquisando sobre os extratos que usamos a cada dia lá no laboratório, e com certeza aprendendo muito.

Uma excelente oportunidade para aumentar meus conhecimentos, quanto às propriedades das plantas.



domingo, 6 de novembro de 2011

Tratamento com Ervas: Vantagens e Desvantagens

Fitoterapia ou tratamento com ervas faz parte da Medicina Alternativa. A Medicina Alternativa compreende tratamentos não ensinados nas escolas médicas e não utilizados em hospitais. A medicina alternativa trata as pessoas de maneira holística, o que significa considerar a pessoa como um todo, envolvendo características físicas, mentais, emocionais e espirituais.

O tratamento com ervas é muito utilizado em todo mundo, com destaque para os países subdesenvolvidos. São inúmeros os medicamentos fitoterápicos e sua produção está cada vez maior, ocupando importante espaço comercial. Em geral são tratados como produtos dietéticos, fugindo ao controle rigoroso dos serviços de vigilância. São vendidos com a imagem de produtos inofensivos à saúde.

A realidade é bem diferente. A substância derivada de planta não é inócua, bastando lembrar que a maioria dos venenos conhecidos derivam de vegetais. Uma substância pode ser terapêutica em uma determinada dose e venenosa em outra.

A interação de produtos derivados de plantas com medicamentos freqüentemente utilizados, tem sido matéria de grande interesse médico (Lancet 2000; 355: 134-38).

Têm sido observado com freqüência efeitos sinergísticos, isto é, o produto derivado de erva aumentando a ação do medicamento que está sendo utilizado podendo criar problemas de saúde.

O produto natural pode ter uma ação quando analisado em laboratório ("in vitro") e ação diferente no organismo ("in vivo").

Outro problema muito comum é a venda de produtos com rótulo de produto derivado de ervas, mas que contém na sua fórmula também substâncias químicas, como hormônio, cortisona, antiinflamatórios, etc.

Recentemente a Organização Mundial de Saúde criou um centro que vai monitorar, testar e aprovar medicamentos derivados de ervas. Há recomendação para que setores ligados à medicina tradicional colaborem com os setores alternativos. A medicação que realmente seja atuante e produza resultados positivos deve ser prestigiada. Estão sendo analisados produtos peculiares utilizados alternativamente em diferentes países no sentido de se verificar sua eficácia.

Neste artigo analisaremos quatro produtos muito difundidos em nosso meio: "Erva-de-São João", "Ginseng", "Gingko biloba" e "Valeriana".

 
A Erva de São João, ou HIPÉRICO (Hypericum perfuratum), é conhecida há centenas de anos na Europa, sendo considerada no passado como capaz de espantar os maus espíritos (do latim hypericum ). Atualmente é utilizada como antidepressivo, apresentando bons resultados no tratamento da depressão leve.


Durante séculos foi muito utilizada, inicialmente por sua capacidade de cicatrizar feridas, úlceras de pele e queimaduras. Considerada capaz de afastar maus espíritos, foi utilizada no tratamento de inúmeras doenças mentais. Acredita-se que seu nome venha de John King, famoso e muito querido médico inglês, que ficou conhecido por utilizar o hipérico. Era indicada também no tratamento da enurese noturna, doença que acomete preferencialmente crianças. Depois passou a ser conhecida como ansiolítica e útil no tratamento da melancolia. A homeopatia sempre utilizou o hipérico, tendo sido considerado tão importante quanto a arnica, sendo denominada a "arnica dos nervos".

Sua utilização como antidepressivo é recente e foi iniciada na Alemanha.

Recentemente foi submetida a estudo de meta-análise entre grande números de trabalhos europeus e norte-americanos, quando foi comprovada sua ação antidepressiva.

A substância básica é a hipericina e sua dose diária deve ser de 300 mg-1000 mg. A sua ação se deve à inibição da monoamino oxidase (IMAO), enzima que atua sobre os neurotransmissores. Alguns pesquisadores indicam também uma ação na inibição da catecol-metil-transferase (COMT) e outros acreditam que a hipericina tenha ação na recaptação cerebral de serotonina. A ação cicatrizante da erva se deve a uma substância denominada hiperforina, que tem ação bactericida. Sua ação cicatrizante está bem comprovada, sendo sua tintura muito útil no tratamento de feridas e úlceras de pele.

Teria ação antiviral o que daria ao hipérico um espaço para o tratamento da infecção herpética, da gripe e da AIDS, mas esta ação não está comprovada.

Alguns trabalhos aconselham a sua associação com a valeriana, substância sedativa analisada neste trabalho.

A erva pode provocar problemas gastrointestinais (náuseas, gastrite, cólicas) e fototoxicidade, facilitando o aparecimento da catarata. Observa-se sua interação com antidepressivos recaptadores de serotonina (como a setralina), acentuando sua ação, havendo casos de piora da depressão. Interfere com medicamentos como a digoxina e a teofilina, diminuindo seus efeitos. Diminui a ação de drgas imunossupressoras como a ciclosporina (Lancet 2000, 355,548-549).

O seu uso não está indicado no tratamento de depressão severa.
O GINSENG (Panax ginseng) é nativo da Ásia (China) onde é largamente cultivado, sendo a sua raiz a parte de onde é retirado o produto fitoterápico. O nome "panax" vem do grego "panakos" e quer dizer panacéia, isto é, apresenta inúmeras ações terapêuticas, tendo sido considerada pelos chineses uma substância miraculosa, que cura todas as doenças. A palavra ginseng significa "a maravilha do mundo". Posteriormente foi identificada na América do Norte, onde também é nativa e recebe o nome de "garantoquen". A planta chinesa (panax ginseng) é um pouco maior que a norte-americana (panax quinquefolius), mas com as mesmas características.


O chá feito da raiz é um pouco amargo e sem cheiro.

Utilizada para o combate da fadiga, revitalizando as energias, e afastando os sintomas da velhice é considerada como capaz de prolongar a vida, curando doenças dos pulmões e tumores.

O ginseng contém como substância ativa o ginsenosídeo.

É utilizada na China, no tratamento da gastrite, de vômitos e de problemas nervosos.

Sua ação sobre o esgotamento nervoso e o estresse é muito conhecida. Acredita-se que melhore o vigor sexual, o tônus muscular e da pele.

Recentemente foi publicado na imprensa médica (Arch Intern Med. 2000;160:1009-1013) um artigo que revela ser o GINSENG (Panax quinquefolius) útil no controle do Diabetes Mellitus tipo 2. A dose utilizada para o controle do diabetes é de 3 gramas de ginseng, junto com a alimentação, e com isto se consegue diminuir a glicose sanguínea em 20%. Não se sabe como a erva age, havendo uma sugestão que possa retardar a absorção de carboidratos ao nível digestivo, ou mesmo modular a produção de insulina. É importante que se saliente que há medidas muito simples que controlam com segurança o diabetes tipo 2: como a perda de peso, a dieta pobre em carboidratos e principalmente os exercícios físicos.

Pode provocar insônia e irritabilidade, sendo possível desencadear crises de pressão alta.

Acentua a ação do álcool e aumenta o efeito de anticoagulante (dicumarínico).

GINGKO BILOBA
A gingko é extraída de folhas de uma árvore muito comum na Europa e nos Estados Unidos, sendo muito popular na Alemanha, onde tem seu uso aprovado oficialmente. É conhecida há centenas de anos, tendo ampla gama de efeitos, atuando em problemas cardiovasculares, neurológicos e metabólicos.


É uma substância que atua na circulação cerebral, sendo muito utilizada na velhice, com a finalidade de melhorar problemas de memória, dificuldades de concentração e confusão mental. Tem sido utilizada nas fases iniciais da Doença de Alzheimer, no combate aos problemas cognitivos próprios da doença, melhorando o comportamento (The Lancet, 350, 9086,27/10/97). Infelizmente esses resultados são muito discutidos.

Não se sabe bem como age, mas parece ativar a circulação cerebral melhorando o aproveitamento do oxigênio pelas células nervosas.

Tem ação positiva no tratamento das tonturas e do zumbido, principalmente quando devidos à insuficiência circulatória.

Basicamente age como um tônico, sendo útil na terceira idade, podendo inclusive melhorar o desempenho sexual.

A substância ativa é denominada ginkgosídeo, sendo utilizada na dose de 40 mg, três vezes ao dia.

Seus efeitos colaterais se caracterizam por problemas de gastrite. Recentemente foi observado que pode acentuar a ação anticoagulante de dicumarínicos e da aspirina, medicamentos muito utilizados para tratamento de doenças cárdio-vasculares.

A utilização deste produto deve ser criteriosa e sempre com acompanhamento médico. Se a pessoa utiliza outros medicamentos deve sempre procurar saber das possíveis interações.

Deve ser evitado o seu uso em pessoas saudáveis que queiram somente aumentar sua capacidade cerebral.

A preocupação com a diminuição de nosso rendimento, de nossa capacidade intelectual e de nossa memória, o combate à fadiga e ao estresse, são muito comuns em nosso meio. A procura de medicamentos para o tratamento de tais sintomas não deve superar o que é considerado o melhor método terapêutico: a mudança de hábitos, com introdução de atividade física regular, relaxamento e ativação de nossas funções mentais com exercícios e jogos.

VALERIANA
É um produto obtido da raiz de uma planta muito difundida na Europa, a Valeriana officinalis. Foi o principal sedativo usado tanto na Europa como na América, antes da descoberta do barbitúrico, nos anos iniciais do século passado. Caracteristicamente possui um odor forte e desagradável. É sem dúvida um importante sedativo, podendo ser usado como indutor do sono. Pode ser utilizada como calmante durante o dia. Pode ser usada para sedação de crianças.



Não se conhece bem qual a sua substância ativa.




É utilizado na forma de tintura, em gotas ou medidas. A dose recomendada como indutor de sono são 30 gotas de tintura, em água, ao deitar. Existe também em forma de cápsulas.

Como todo sedativo, tem ação depressora sobre o sistema nervoso, podendo provocar depressão. Não causa dependência, sendo menos potente do que os sedativos conhecidos. Pode aumentar a ação do álcool, não devendo ser associada ao mesmo.

Pode não produzir efeito algum.

Ao tratarmos da ansiedade e dos problemas de sono devemos observar outras formas terapêuticas que não a química ou a derivada de plantas. A tensão emocional responde muito bem a técnicas de relaxamento e a psicoterapia corporal, por exemplo. Os problemas de sono em geral são complexos e freqüentemente estão relacionados a graves problemas psicológicos como a depressão, por exemplo. Devemos sempre procurar orientação médica antes de utilizarmos medicamentos. Antes de iniciarmos um tratamento devemos nos submeter a investigação profunda. Em geral há um medicamento ideal para cada pessoa, que deve ser utilizado em dose correta e sempre por um determinado tempo.

É muito comum em nosso meio a utilização de medicamentos sem orientação médica e por longo tempo. Muitas vezes ao se dirigir à consulta médica o paciente esquece de mencionar que está utilizando o produto. Um exemplo disto ocorre com laxantes naturais, muito utilizados e raramente citados. É interessante lembrar que inclusive o uso de pomadas deve ser mencionado.

Ao consultarmos um médico, ao iniciarmos um tratamento, ao realizarmos um procedimento cirúrgico, devemos informar sempre todos os medicamentos que estão sendo utilizados. Não subestime o poder das plantas, tenha cuidado com o uso.

(Pesquisando  Produtos Naturais, nos surpreendemos a cada dia com o poder das plantas, é tudo muito bonito...é um poder divino...)

FITOMEDICAMENTOS

BIODIVERSIDADE COMO FONTE DE MEDICAMENTOS

O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo, estimada em cerca de 20% do número total de espécies do planeta. Esse imenso patrimônio genético, já escasso nos países desenvolvidos, tem na atualidade valor econômico-estratégico inestimável em várias atividades, mas é no campo do desenvolvimento de novos medicamentos onde reside sua maior potencialidade A razão dessa afirmação é facilmente comprovada quando se analisa o número de medicamentos obtidos direta ou indiretamente a partir de produtos naturais. A terapêutica moderna, composta por medicamentos com ações específicas sobre receptores, enzimas e canais iônicos, não teria sido possível sem a contribuição dos produtos naturais, notadamente das plantas superiores, das toxinas animais e dos microrganismos.


Graças aos produtos naturais, incluindo as toxinas extraídas de animais, de bactérias, de fungos ou de plantas, os cientistas puderam compreender fenômenos complexos relacionados à biologia celular e molecular e à eletrofisiologia, permitindo que enzimas, receptores, canais iônicos e outras estruturas biológicas fossem identificados, isolados e clonados. Isso possibilitou à indústria farmacêutica desenhar drogas dotadas de maior seletividade e também mais eficazes contra várias patologias de maior complexidade. Além disso, os produtos naturais são usados como matéria-prima na síntese de moléculas complexas de interesse farmacológico. Atualmente, as maiores indústrias farmacêuticas mundiais possuem programas de pesquisa na área de produtos naturais, pois oferecem, entre outras, as seguintes vantagens: grande quantidade de estruturas químicas, muitas delas, complexas; muitas classes de estruturas homólogas; estruturas químicas di e tridimensionais; possibilidade de utilização como banco de moléculas para ensaios de alta velocidade; economia de tempo e recursos; fonte de pequenas moléculas para alvos moleculares complexos e, mais importante, capazes de serem absorvidas e metabolizadas pelo organismo.